Divagações da Bruma

Viagens da minha cabeça, do meu sentir, do meu ser, do meu existir... as memórias, o sabor de experimentar, ganhar asas e voar, desvendar os mistérios da bruma, os meus.

08 fevereiro, 2010

É tempo de mudança...

sem dúvida alguma, sinto um fervilhar, é tempo, tempo de agitar algo, novamente.
Relaxamento diário, dançar até ser dia no meio de gente desconhecida, ouvir jazz, ir a um espectáculo a dois, ir ao um concerto inesquecivel, jantar a luz de velas, sorrir mais ainda, rir à gargalhada, cantar alto, gritar a plenos pulmões, respirar fundo, mergulhar no mar, ir ao cinema regularmente, cortar o cabelo, ler um livro revolucionário, adquirir novos cd´s, viajar por paises desconhecidos, conhecer pessoas novas, interessantes, inteligentes, desafiadoras, apaixonar-me mais uma vez, novos interesses, novas aspirações, mais cores, mais sabores...

Tenho saboreado bons momentos, contudo sinto que é tempo, tempo de renovar, inovar, experienciar mais e mais e mais ainda... na minha natureza não me prendo ao que já conheço, gosto de voar por aí... BB.

06 fevereiro, 2010

Pequena catarse das 5 da manhã...

Aqui e agora escrevo sem pensar.
A complexidade humana é sem dúvida alguma um desafio. Contudo sinto que nem sempre esta sobrevive, a simplecidade existe e por vezes arruina tudo! A incompreensão de situações que diria altamente improváveis, ou melhor, mesmo impossíveis de acontecer, e no final, estas acontecem.
Agradeço todos os dias e alimenta o meu interior em saber que consigo pensar por mim, e perceber o que os outros pensam que mais ninguém percebe. Enganam-se, eu vi, percebi, compreendi. É triste aperceber-me, e ao pensar nisso não encontro qualquer explicação possivel, até encontro, mas é tão comezinha. Eu que até te tinha em consideração, sinceramente, o ser humano é estranho, imprevisivel e concomitantemente, demasiado previsivel, isso aborrece-me, fico triste de pensar que quase me deixei ir! Até podia, não quero, eu sou mais, eu escolho, digo sim ou não!
O problema reside na exigência, na minha, no desafio, na capacidade, inteligência, humor, simplecidade... não é fácil, não será fácil, contudo não há impossíveis.
Por vezes questiono-me, onde andas? onde?
Podia ser tão belo e simples, tão saboroso.
Quando o interesse é manifesto, é dirigido à parte mais superfula, que depois de concretizada este desaparece. Quando não há interesse, há sempre algo que poderia ser bom, parece genuino e puro, contudo não posso aceitar, não posso compactuar com o morno, eu decidi, escolhi assim, agora há que seguir e ser maior.
Ser livre é assim, um caminho arduo, nem todos conseguem continuar, cortam as suas asas. Eu não. Sou anjo, borboleta, eu quero voar, voar e experienciar tudo, o possível... Vocês não sabem, nem imaginam... eu experimento a vida, os momentos, não há facilitismos, lidar com as consequência é saber aceitar crescer e seguir, continuar o voo de pássaro, o nadar de peixe... sorrir é beijar cada dia, não ter medo de ser feliz é não ter medo de chorar, não ter medo da solidão, nem de me construir como quero, me encontro e sou, eu, assim tão eu. BB.

125 azul

Foi sem mais nem menos
Que um dia selei a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que me deu para abalar sem destino nenhum

Foi sem graça nem pensando na desgraça
Que eu entrei pelo calor
Sem pendura que a vida já me foi dura
P´ra insistir na companhia

O tempo não me diz nada
Nem o homem da portagem na entrada da auto-estrada
A ponte ficou deserta nem sei mesmo se Lisboa
Não partiu para parte incerta

Viva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuar
Sem paredes, sem ter portas nem janelas
Nem muros para derrubar

Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre

Curiosamente dou por mim pensando onde isto me vai levar
De uma forma ou outra há-de haver uma hora para a vontade de parar
Só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o vazio
E com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém sentiu

Entre as dúvidas do que sou e onde quero chegar
Um ponto preto quebra-me a solidão do olhar
Será que existe em mim um passaporte para sonhar
E a fúria de viver é mesmo fúria de acabar

Foi sem mais nem menos
Que um dia selou a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que partiu sem destino nenhum

Foi com esperança sem ligar muita importância àquilo que a vida quer
Foi com força acabar por se encontrar naquilo que ninguém quer

Mas Deus leva os que ama
Só Deus tem os que mais ama


Trovante