Divagações da Bruma

Viagens da minha cabeça, do meu sentir, do meu ser, do meu existir... as memórias, o sabor de experimentar, ganhar asas e voar, desvendar os mistérios da bruma, os meus.

05 março, 2007

Flutuando… imersa…

… Ao sabor do vento me deixo ir, levada pelo sopro de vida que resta, antes de cair, uma nova lufada…

…nesta imensidão de tudo somos pequeninos, minúsculos mesmo… abafados pelo som ensurdecedor do nada, um vazio cheio de misturas indefinidas… a rolar continua o tempo… que dormência de sentir, que anestesia esta… o desejo de mergulhar no mundo da água, aquele silêncio, toda a paz circundante, onde o tempo não existe, onde a palavra não impera… cada gesto por si vale mais que muitas palavras… onde me maravilho com os meus movimentos… a linha entre a tranquilidade e o pânico é ténue, o inesperado, o que pode surgir, sabendo eu que não há fuga possível, entregue ao sabor da corrente, da maré que vai e vem em perfeita harmonia… inevitavelmente me deparo com a minha condição, contingências, o limite, já não consigo suster mais a respiração, tenho que regressar à minha realidade, ganhar de novo o fôlego… e eu decido… respirar novamente! BB.