Divagações da Bruma

Viagens da minha cabeça, do meu sentir, do meu ser, do meu existir... as memórias, o sabor de experimentar, ganhar asas e voar, desvendar os mistérios da bruma, os meus.

29 novembro, 2006

Se tu viesses ver-me ...

Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,

A essa hora dos mágicos cansaços,

Quando a noite de manso se avizinha,

E me prendesses toda nos teus braços...


Quando me lembra: esse sabor que tinha

A tua boca... o eco dos teus passos...

O teu riso de fonte... os teus abraços...

Os teus beijos... a tua mão na minha...


Se tu viesses quando, linda e louca,

Traça as linhas dulcíssimas dum beijo

E é de seda vermelha e canta e ri


E é como um cravo ao sol a minha boca...

Quando os olhos se me cerram de desejo...

E os meus braços se estendem para ti...


Florbela Espanca

2 Comments:

  • At 04 dezembro, 2006 15:51, Blogger S* said…

    Este não resisto a comentar...
    Florbela Espanca é eterna!!!!
    Tenho a certeza que ao ler cada poema seu, cada pessoa o sente de forma diferente... mas sempre arrepia, sempre toca, sempre faz estremecer!

     
  • At 13 março, 2007 15:24, Blogger L said…

    ;o)

     

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